segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Futuro do Pretérito
Não importa e nem faz sentido, vivo por um futuro incerto e isso não me desespera. Saber as conseqüências tiraria toda a graça e a brincadeira de viver seria tediosa. Prefiro lembrar do meu passado, ele é o resumo do ponto mais alto que já consegui chegar, e talvez eu me arrependa de não ter ido além. Quem sabe nessa pequena imensidão que me espera apareça um algo, um alguém, qualquer coisa que me faça sentir mais do que saudade do que ficou pra trás. Talvez ciúme do tempo que tirou de mim o que me era tão precioso, talvez gratidão por ter sido tão bom. Só sei que fui feliz e se não fui mais é porque não me cabia. Não sei se estou feliz, vou descobrir quando passar, mas por enquanto, vou me esforçar pra que pelo menos a saudade se perpetue.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Resposta!
Certa vez escrevi um texto sobre os impostos. Toda uma alegação contra os abusos e minha indignação posta numa folha de caderno. Julguei importante retratar as peripécias do governo contra a sociedade. Mas a resposta que tive não foi a esperada. Me disseram ‘E o que isso vai mudar?’ ‘Você acha que vai fazer alguma diferença?’. Foi um banho de água fria e ao mesmo tempo um aviso. Como coisas que atingem toda uma população podem se tornar tão banais a ponto de ninguém ao menos querer se dar ao trabalho de falar sobre? E isso acontece com qualquer assunto, violência, roubo, lavagem de dinheiro, impostos.
Na minha opinião, esse é o grande problema, o instinto brasileiro de se acomodar (e digo brasileiro porque não tenho conhecimento sobre outras etnias). Todos falam alto, se enraivecem, enquanto a notícia está nos jornais e na boca do povo, depois que passa três, quatro semanas, ninguém mais se lembra e quando se deparam com alguma crítica dão as respostas que recebi sobre meu texto. Isso dá a quem faz o direito de continuar fazendo, ora, se ninguém reclama, preferem se habituar, porque parar? E se isso não é verdade, então porque o que deveria ser uma ‘medida provisória’ foi cogitada de virar definitiva?
Provavelmente, alguém falará que meu texto está repleto de clichês de esquerda, contra o governo e o sistema, mas não é isso. Meu texto mostra o meu descontentamento contra determinada situação, e se acharem que não vai mudar em nada, pelo menos eu tentei.
Na minha opinião, esse é o grande problema, o instinto brasileiro de se acomodar (e digo brasileiro porque não tenho conhecimento sobre outras etnias). Todos falam alto, se enraivecem, enquanto a notícia está nos jornais e na boca do povo, depois que passa três, quatro semanas, ninguém mais se lembra e quando se deparam com alguma crítica dão as respostas que recebi sobre meu texto. Isso dá a quem faz o direito de continuar fazendo, ora, se ninguém reclama, preferem se habituar, porque parar? E se isso não é verdade, então porque o que deveria ser uma ‘medida provisória’ foi cogitada de virar definitiva?
Provavelmente, alguém falará que meu texto está repleto de clichês de esquerda, contra o governo e o sistema, mas não é isso. Meu texto mostra o meu descontentamento contra determinada situação, e se acharem que não vai mudar em nada, pelo menos eu tentei.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Vou passando em cada olhar, procurando um novo dia, quem sabe uma aurora. Não vou esperando sempre um novo amor, eles vêm com o vento e normalmente se vão tão rápidos quanto uma brisa, tão devastadores quanto um furacão. Vou andando experimentando todos os sabores, aprendendo com a vida, se não caio não consigo levantar.Procuro em cada casa, cruzamento ou rua sem saída um álibi pra seguir sempre vagando, levando comigo as almas curiosas de quem tenta me seguir nessa viagem. E quando me perguntam por que, eu respondo que justamente estou tentando achar essa reposta. Se engana quem me acha louca e quem me julga sã, pois já tomei as decisões mais sábias e já ri insanamente. E se engana ainda mais quem acha que tudo isso é irrelevante, porque todo mundo trava dentro de si seus próprios conflitos e essa viagem só acaba quando o coração parar de bater.
Juras
Não te faço juras eternas pois sou confusa e inconstante. Não digo que vou estar aqui pra sempre, porque na verdade não sei nem bem onde estou. Não te mando flores porque elas sempre murcham. Não me entrego inteira pois ainda falta um pedaço de mim. Não sei falar lindas palavras porque muitas delas já me traíram. Não te levo para longe pois tenho medo de querer voltar. Mas no meio de tudo que não sei ou não faço existe uma verdade, simples e imutável nesse momento . . .eu te amo. E não sei o que posso fazer, quando me encontro sentada olhando o céu que parece meio cinza, meio nublado, meio chateado. Eu odeio o destino, ou talvez, ele me odeie mais e me ache feia, mas eu me sinto tão fraca e tão patética não sei nem por onde começar pra voltar a te ter, e dói, nunca imaginei que doesse tanto, acho que apenas precisaria saber aonde estou e porque estou, não quero te fazer promessas, não quero tirá-lo do seu mundo e da sua felicidade, apenas queria encontrar a minha ao seu lado. Penso que as vezes é minha culpa, que eu fiz tudo errado, você esperou de mim o que eu não posso te dar. O que você considera essencial, pra mim é trivial e dispensável, talvez porque eu mesma não tenha recebido tudo o que era de mais lindo. Mas você só merece a perfeiÇão e que a encontre, seja nas esquinas de outros bairros ou aqui dentro do meu quarto
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